Artesanato
O Artesanato Português tem uma forte ligação à cultura
popular e é muito característico das zonas rurais, onde as tradições permanecem
vivas, essencialmente transmitidas de forma oral de geração em geração.
Cada região tem o seu artesanato tradicional e peculiar, de
acordo com o modo de viver das gentes locais, e no seu todo constituem a beleza
policromática que deslumbra os turistas, que andam sempre à procura de uma peça
tradicional quando visitam Portugal.
O artesanato é uma riqueza da tradição portuguesa,
destacando-se a joalharia, a tapeçaria, as
rendas, os bordados, a tecelagem,
a cestaria e a cerâmica pintada.
A joalharia
portuguesa é valiosa em detalhes e motivos. Após os Descobrimentos, passaram a
entrar em Portugal, vindos directamente das suas colónias ultramarinas, pedras
e metais preciosos, como ouro do Brasil, diamantes de Angola e outros materiais
de grande valor. Estes produtos eram usados pelos ourives em joias e em
objectos de arte sacra, como as sumptuosas custódias tradicionais. Uma técnica
muita antiga, a filigrana, trata de manusear ouro e prata num rendilhado fino.
Os temas essenciais são, o conhecido coração de Viana, usado como pendente ou
em brincos cruzes de Malta, símbolos do mar, símbolos da natureza e religião.
A tecelagem é associada regra geral, no artesanato
português, aos bordados. O linho, era uma matéria-prima utilizada no dia-a-dia
dos habitantes das regiões rurais, originando tal utilização um tipo de tecido
denominado de bragal. O bragal é um tecido de linho puro, que actualmente
continua a ser objecto de fiação e tecido na região de Trás-os-Montes. As
reproduções podem ser criadas no linho no momento da tecelagem, no entanto elas
são igualmente utilizadas para o fabrico de bordados em relevo, tradicionais das
freguesias de Limões e Cerva.
Cestaria
A cestaria é uma das actividades do artesanato tradicional
português que mais se associa ao quotidiano das regiões onde é manufacturada,
se bem que actualmente esta técnica de arte seja essencialmente usada no
fabrico de peças decorativas. A utilidade a que as peças se destinavam, bem
como as matérias-primas disponíveis em cada região (vime, palha de centeio,
canas e junco), decidiam as especificidades dos cestos. De Penafiel, são Produtos
Tradicionais Portugueses de qualidade, as cestas de madeira rachada utilizadas
nas vindimas ou os açafates de varas finas pintados, usados momentos de festa.
Cerâmica
Na tradição portuguesa da cerâmica, pode-se encontrar sinais
das gerações romanas, dos árabes, visigodos e celtas. Os processos de fabrico,
os componentes decorativos e as formas e funções dos artefactos transmitem
bastante sobre as suas origens. No começo do Séc. XVI constata-se o
aparecimento de testemunhos em forma de documentos da existência das cerâmicas
vidradas, mais exactamente das faianças portuguesas.
Em meados do Séc. XVII surge a louça muito desenhada, com
bastantes imagens pequenas, paisagens, flora, fauna e construções típicas
chinesas, tendo sido denominado este tipo de decoração de “desenho miúdo”.
Cerâmica Tradicional
A cerâmica tradicional utiliza a argila, o Feldspato
(especialmente os potássicos) e o dióxido de silício, como principais
matérias-primas. Além destes elementos de base, a cerâmica tradicional pode recorrer
ainda ao uso de aditivos para incrementar o seu processamento ou as suas
propriedades finais.
Após ser sujeito a uma secagem prolongada para remover a maior parte da água, o
artefacto moldado é submetido a altas temperaturas (a rondar os 540°C) que lhe
concedem rigidez e resistência por meio da fusão de determinados elementos da
massa, estabelecendo os esmaltes nas camadas superficiais.
Tapeçaria
Tapeçaria tem como finalidade a decoração de paredes e
murais e resulta do cruzamento (podendo utilizar-se várias técnicas de
tecelagem) dos fios da trama com fios da teia.
Não obstante ser uma realidade a relevância que o sector
têxtil sempre teve na tradição Portuguesa, a realidade é que a maior parte das
façanhas épicas dos portugueses representadas em tapeçaria, foram mandadas
fazer em França e na Flandres, já que até ao século XVIII não existia a
tradição da Tapeçaria em Portugal.
Depois do terramoto de 1755, que devastou a maior parte
daquelas peças de tapeçaria, o Marquês de Pombal tentou estabelecer duas
fábricas de tapeçaria, uma sediada em Lisboa e outra em Tavira, não tendo porém
as mesmas sobrevivido por muito mais tempo.
Informação
http://tradicaoportuguesa.pt/
VENDO ARTESANATO E OUTROS RELACIONADOS. EM CROCHET ;TRICÔ E ARRAIOLOS::::::::::URGÊNCIA.
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